Já faz alguns dias que eu tinha a intenção de vir aqui escrever sobre um dos meus planos pra 2016 que é fazer ETED na base da JOCUM de Curitiba/PR. Não vim aqui até então, não por falta de tempo (embora de fato tempo não seja algo que eu posso esbanjar); não por falta de vontade de escrever (afinal eu nunca senti isso)... Então, afinal de contas, qual é a minha dificuldade de falar sobre isso aqui? Bem, se alguém souber me conte porque eu não sei também... rs
Na verdade, meus últimos dias -enquanto começo fazer minha mala- têm sido um misto de sentimentos e pensamentos... Acho que tenho tentado me enganar de que viver essa experiência na JOCUM, será apenas uma das centenas de experiências diferentes que ainda vou vivenciar na minha vida, e embora isso seja verdade sim, eu preciso deixar meu... "orgulho" talvez!?...de lado e reconhecer, sobretudo pra mim mesma que essa nova experiência já significa e ainda vai significar muito pra mim. Vai marcar como uma experiência única e transformadora.
Partindo para um outro ângulo da história...
É curiosa a reação das pessoas quando você decide tomar uma decisão um tanto radical, como pedir demissão do seu emprego (em plena crise), mudar-se pra uma cidade desconhecida onde as pessoas também são todas desconhecidas pra você, pra fazer um curso que o foco é "servir", "amar pessoas", nada que você possa pôr no seu currículo profissional. Humanamente falando, isso tudo é loucura ao quadrado! Eu tenho consciência disso.
E quanto à reação das pessoas, têm aqueles que se posicionam contra minha decisão. Mas sinceramente não os julgo porque, como eu disse, eu sei que tudo parece loucura. Especialmente pra pessoas que tem prioridades e sonhos diferentes dos meus, é querer demais esperar que elas entendam, não é mesmo?!
Por outro lado, existem aquelas pessoas que me apóiam 100%, e o que eu entendo com isso? Entendo que essas são pessoas que se identificam com meu desejo e minhas prioridades. Esse grupo de pessoas não me ama mais que o primeiro! Eles apenas tem uma sintonia maior com o meu coração.
Há um terceiro tipo de pessoa que me apoia com palavras, mas lá no fundo você sabe que elas não concordam.. É visível isso... rs
E por último, há um quarto tipo de pessoa que pra minha surpresa compõe a maioria... Pessoas que me incentivam e demonstram um encantamento (digno de brilhar os olhos) com minha "coragem/loucura"... Essas pessoas, eu entendo que me apóiam não por entenderem meu desejo, aliás, bem provável que elas realmente não entendam, mas o apoio delas é baseado no desejo pessoal delas de mudarem suas próprias vidas, de tomarem uma decisão radical.
Então eu começo a pensar em quanta gente infeliz existe nesse mundo... Embora eu entenda que a felicidade pouco tem a ver com realização de sonhos, existe uma leveza, uma sensação de alívio, quando você decide ser livre pra fazer aquilo que está dentro do seu coração, é como se a felicidade residisse na busca pela felicidade!
Garantia de que tudo vai dar sempre certo ninguém tem, mas se for parar pra pensar, mesmo pras pessoas extremamente cautelosas, que não se arriscam muito, pra essas pessoas as coisas também não dão sempre certo!
Você pode decidir não sair do seu emprego mas quem garante que amanhã você ainda vai estar empregado??? Então precisamos nos livrar das falsas seguranças que temos na vida. Talvez aquilo que você enxerga como uma segurança na sua vida, é na verdade uma prisão. ;)
(Sinceramente esse texto tomou um rumo que eu não esperava. rs
Mas talvez, seja isso que realmente está no meu coração. Talvez seja isso o que eu realmente deveria escrever... Talvez seja isso o que você deveria ler...)
Nosso lugar seguro não está numa cidade, nas nossas amizades antigas, no aconchego do nosso lar, num emprego, numa denominação... Nosso lugar seguro se chama "o centro da vontade de Deus". Que possamos permanecer nesse lugar, por onde quer que formos! ;)
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