terça-feira, 25 de dezembro de 2012

2012 by Sara

Como de costume, estou aqui me recuperando de toda a comilança de natal, e é geralmente nesse momento em que é praticamente impossível dormir, que dá inicio ao meu processo de cair a ficha de que o ano acabou. O processo que mistura arrependimento e gratidão, nostalgia e esperança.
É com um sentimento de temor e respeito que digo que 2012 foi o pior ano da minha vida. Sofri absurdamente esse ano, e o que agravou a minha dor foi que eu optei por me calar. Fingi ser forte. Menti pra mim mesma.
Sempre que me vejo sofrendo por algo, faço questão de me lembrar de pessoas que se encontram numa situação pior que a minha. Isso me ajuda a preservar a gratidão dentro de mim. Mas entendi que por mais fútil que pareça nossa dor, a coisa mais estúpida que podemos fazer diante dela é ignorá-la. Não chorá-la. Não se vestir de preto e dizer pra si mesmo e pras pessoas: estou de luto.
A cada vez que engoli meu choro esse ano, enquanto me iludia de que eu estava sendo forte, na verdade eu estava é me tornando cada vez mais fria.
Pior ainda do que ignorar nosso sofrimento, é tentar "tapar o buraco". É tentar substituir a alegria que morreu, por outra. Aprendi que isso não funciona, e ainda estou colhendo as consequências de algumas decisões precipitadas que tomei.
Em suma, o ano passou e praticamente todas as minhas perguntas e dúvidas continuam não esclarecidas dentro de mim. Mas apesar de todo esse relatório negativo sobre 2012, consigo facilmente enxergar a Graça de Deus sobre mim. Sua Graça não apenas no sentido de "misericórdia", mas principalmente no sentido de "capacitação".
Tenho plena convicção de que todas as noites em que cedi à minha falta de vontade de orar, o Seu Espírito orou por mim com gemidos inexprimíveis (conforme Romanos 8:26)
E sei também que Ele levantou intercessores sobre a minha vida. Pessoas que nem me conhecem, mas que foram alertadas através de sonhos a intercederem por mim.
Apesar de todos os pesares, como diz uma música de Jeremy Camp, "Eu ainda acredito na Sua fidelidade". Sim, porque sei que foi justamente a Sua fidelidade que me sustentou até aqui. É verdade que eu ainda não estou bem, não estou 100% recuperada, mas isso não ofusca a minha visão, e nem me impede de sentir, sim, gratidão!  Grata porque se ainda estou viva, é porque Ele tem planos pra mim. Grata porque ainda que sonhos tenham morrido, as Suas promessas são imortais. Grata porque o Seu amor por mim está intacto, apesar de todas as minhas falhas. Grata porque eu sou uma pessoa muito melhor depois de tudo o que vivi até hoje. Grata por Ele continuamente me dar motivos pra ser grata.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

SOS

"Em volta de mim, Ele construiu um muro de sofrimento e amargura.
Ele me fez morar na escuridão, como se eu estivesse morto há muito tempo."  (Lamentações 3:5 e 6)

Você já tentou tampar um buraco cavando outro? Eu já. Não é algo muito consciente, tampouco inteligente. É doloroso, impiedoso. A cada "cavada", uma facada na sua alma. E lá se vai mais um pedaço de você indo embora enquanto você tenta concertar o arrombo dentro do seu peito. Insisto em dizer, isso não é nada inteligente.
Em Oséias 6:1 diz "Venham, voltemos todos para Deus, o Senhor, Ele nos feriu, mas com certeza vai nos curar..."
É claro, por que não pensei nisso antes? Aquilo que Ele fez, só Ele sabe concertar... Só Ele sabe como lidar... Não, ele não gosta de brincar de ser médico. Ouvi, e não foi apenas uma vez, que Ele é o "Médico dos médicos".
Quando Ele decide fazer uma cirurgia dentro de nós, é porque nosso estado está realmente crítico. Nós temos 2 opções: Ou fugimos da mesa de operação e morremos lentamente, ou nos entregamos sem reservas à essa cirurgia, ainda que nunca tenhamos de fato visto com nossos próprios olhos nosso "tumor".
Muito bem, acho que a opção 2 é a mais sensata, correto? Mas tenho más noticias, o Médico disse que essa cirurgia não tem anestesia. Mas
por outro lado, Ele garante os resultados, e promete que a dor não será além do que possamos suportar.
Quando tentamos por nossos próprios meios nos curar, é como se um paciente, no meio da cirurgia resolvesse terminar o trabalho sozinho, resolvesse fechar os pontos ele mesmo. "Loucura" é pouco pra definir essa situação, não?
Particularmente, o que acho mais interessante a respeito desse Médico, é que apesar dele ser super requisitado, a agenda dEle está inteiramente disponível para nós, a data e horário dessa operação somos nós que escolhemos. Qualquer dia: sábados, domingos e feriados. Qualquer horário: de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. :)

"O Senhor não rejeita ninguém para sempre.
Ele pode fazer a gente sofrer, mas também tem compaixão porque o seu amor é imenso.
Não é com prazer que Ele nos causa sofrimento ou dor."  (Lamentações 3:31-33)