Já faz algum tempo que descobri algo triste. Cheguei à uma conclusão tão triste quanto real de que passei boa parte da minha vida pensando que estava sinceramente amando Jesus Cristo, quando na verdade estava mais interessada no que Ele poderia fazer por mim.
Depois de ouvir tanto a respeito de um Deus pra quem tudo é possível e que me ama incondicionalmente, não seria lá um absurdo querer me juntar à Ele... Claro que não! Afinal, servir à um Deus assim poderia me render inúmeros benefícios. Eu nunca pensei isso, óbvio que não... Mas cheguei à conclusão de que inconscientemente é assim que vivi até hoje.
Eu olho pra minha trajetória com Deus até os dias atuais, e apesar do que eu disse acima, jamais vi um Deus que escancarava a podridão do meu coração diante de mim, jamais vi um Deus que parecia realmente irritado comigo, que me cobrava um amor mais genuíno da minha parte. Não, o que eu sempre vi foi um amigo, incentivador, pai, consolador, "alguém" que parecia estar mais interessado em simplesmente me atrair pra perto.
Talvez, penso que o único aspecto sobre minha forma de agir que Ele se agradava é que, seja por interesse ou não, independente de qualquer coisa ou motivo que me levasse à busca-lo, se eu fazia isso era porque acreditava em sua existência, acreditava no famoso "Deus pra quem tudo é possível", acreditava no também famoso "amor incondicional por mim".
Eu creio que esse aspecto O motivou a ter mais paciência comigo.
Hoje olho pra essa verdade diante de mim e sinto vergonha do meu amor condicional por Ele. Um amor condicionado à sonhos meus que Ele poderia realizar, à benefícios que Ele poderia me proporcionar.
É quase assustador pensar que apesar de "nascida no evangelho" eu ainda sei tão pouco sobre o que realmente é o evangelho.
Entre tantos sentimentos dentro de mim, sem dúvida a gratidão é um deles. Gratidão por sobretudo Ele me permitir enxergar o quanto preciso de "simplesmente" Sua presença em mim. O bem mais precioso que poderia ter.
Termino com uma frase que li uma vez mas que não me recordo o autor. Acho que resume bem a ideia por trás de tudo isso:
O VERDADEIRO EVANGELHO CONFRONTA!
E você, ama Jesus?
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