domingo, 27 de novembro de 2011

Quem eu me tornei?



Nos últimos dias, a exposição à músicas e pessoas que fizeram parte do meu passado me colocaram de frente à essa pergunta: QUEM EU ME TORNEI? O que o passar dos anos fizeram de mim? É sem dúvida um ciclo natural... o passar do tempo associado à tantas circunstâncias nos empurram pra longe de quem um dia fomos. Em suma, eu considero isso positivo, mas então eu me lembro de coisas que eu jamais gostaria de mudar. Eu sinto uma tremenda falta da inocência e sensibilidade por exemplo. Não que elas tenham sido completamente extintas de dentro de mim, mas uma nova dose de cada uma me faria um bem danado... Ah! Se eu pudesse acreditar nas motivações por trás das ações das pessoas como antes... Ah! Se eu pudesse enxergar além de um mundo frio e insensível. No meu íntimo há um constante clamor por mais de Deus em mim, um clamor que parte da certeza daquele que é o único que pode restaurar o que os anos me roubaram. Fato é que eu preciso da voz daquele que faz todos os ruídos desse mundo cessarem... Bem aqui, dentro de mim.
Eu sinto saudades dEle, e eu nem tenho dito isso à Ele... Isso é loucura. Não faz muito tempo, a coisa mais simples e natural era compartilhar com Ele as pequenas coisas que constituiam meu mundo, na absoluta certeza de que Ele se interessava em ouvir todos os meus devaneios. Eu definitivamente quero tudo isso de volta!
Acho que este post já atingiu o seu limite máximo de melancolia... hehe ... Mas eu não quero terminar assim...
Ainda hoje, estava me lembrando que ontem foi o "Dia de Ações de Graças" e refleti nas coisas pelas quais eu deveria ser grata. Ironicamente, eu me peguei agradecendo pelo o que tempo me fez... Melhor dizendo, pelo o que Ele me fez através do tempo. O tempo provou que eu sou mais forte do que imaginava... Que eu sou mais paciente do que suspeitava. E quando penso que o tempo enfraqueceu meu coração com relação às Suas promessas, percebo que na verdade meu coração vem sendo preparado pra finalmente deixar de sonhar e passar a viver. Viver o sonho. Com o nível de deslumbramento perfeitamente ajustado, caso contrário isso não seria possível.
E finalmente percebo que qualquer tentativa de resposta pra tal pergunta "Quem eu me tornei?" é muito simplista. Algumas coisas a serem recuperadas... Outras a serem investidas... Muito prazer, Sara!

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